Publicado em 01 Mai 2020 | Em Ler para vencer
Incentivo
Sabe aquele incentivo que te faz acordar pra vida e perceber o quanto deve ser grato por chegar até aqui e, ainda, quão ilimitada é a sua própria força? Pois é! Nesta orientação do Presidente Ikeda para os estudantes Esperança, aprendi sobre a história do ex-Presidente da Índia, K. R. Narayanan e o quanto nós, jovens, devemos cultivar uma força capaz de superar os desafios e determinar o curso de felicidade da vida. Ao ler este super incentivo me sinto revigorada e capaz de transformar a dura realidade que estamos vivendo. Afinal, #euquelute nesse 2020. E aí? Ficou curioso? Então se joga nessa leitura incrível!
Quem indica: Monique Tiezzi, Coord. da DFJ da BSGI
Circunstâncias favoráveis não garantem a felicidade e, da mesma forma, circunstâncias difíceis não significam que alguém esteja fadado a ser infeliz.
Não é o ambiente, mas somos nós quem decidimos a nossa felicidade. Nós escolhemos se seremos derrotados pelo nosso ambiente ou se triunfaremos sobre ele. Esse é o fator que determina a nossa felicidade. Isto não se aplica somente à escola, pois na vida há muitos fatos preocupantes, dolorosos, desagradáveis e inquietantes.
Ao se deparar com situações desse tipo, há duas opções. Pode-se reclamar, culpar o ambiente e ser derrotado. Algumas pessoas talvez se mostrem solidárias, mas, no final, quem sairá perdendo é você, e qualquer coisa que disser não passará de desculpa. A segunda opção é viver com um espírito invencível, abrindo o próprio caminho, independentemente da sua situação. Cabe a você escolher.
Na Índia, o sistema de castas continua profundamente enraizado no costume social, dividindo as pessoas em diferentes papéis e estratos sociais, desde o nascimento. Há, contudo, uma pessoa que, apesar de ter nascido na casta mais baixa, ascendeu e tornou-se o presidente da Índia.
Eu me refiro ao atual [em 2000] presidente, Sr. K. R. Narayanan, de quem sou amigo há bastante tempo. O Sr. Narayanan foi o quarto de sete filhos. A família era paupérrima, a casa não tinha banheiro e ele estava sempre com fome. Para ir à escola, precisava andar todos os dias sete quilômetros na ida e mais sete na volta. Durante a estação chuvosa, a lama chegava aos tornozelos. Naquelas longas caminhadas, ele estava sempre lendo. Como não tinha condições de comprar livros, lia avidamente qualquer jornal ou livros que viessem parar em suas mãos e fazia anotações detalhadas.
Reconhecendo o amor de Narayanan pelo estudo, os irmãos mais velhos dele abriram mão da oportunidade de prosseguir estudando para que ele pudesse ter acesso à educação. Mesmo assim, a família muitas vezes não tinha condições de pagar a mensalidade. Ele era punido por isso, sendo obrigado a ficar de pé do lado de fora da sala de aula. Porém, recusava-se a deixar que isso o desanimasse. Simplesmente, ele se esforçava para ouvir cada palavra do que era ensinado dentro da sala. Posteriormente, concederam-lhe uma bolsa de estudos que fora criada por Mahatma Gandhi, e ele pôde dar continuidade aos estudos. Formou-se na universidade como o melhor aluno de sua turma e tornou-se diplomata. Ainda se recorda das dificuldades de sua juventude com um sorriso no rosto. Segundo ele, um diplomata precisa permanecer impassível diante de críticas e insultos; por isso, ser forçado a ficar de pé do lado de fora da sala, foi um bom treinamento.
Ele é uma pessoa forte. Pessoas fortes são felizes. A felicidade se encontra em um espírito forte e resiliente.
É possível abrirmos amplo caminho de esperança desde que não sejamos dominados pela fraqueza de culpar os outros por tudo que nos acontece. Devemos decidir: “Cabe a mim! Preciso ser forte!”. Reclamar e ficar dando desculpas é muito feio. Pôr a culpa nos professores, nos pais, nos amigos — culpar os outros não é uma maneira admirável de viver.
Mesmo que demore e que tenham de dar muitas voltas até alcançá-los, o que importa é que consigam, no fim, cruzar a linha de chegada. Tornem-se fortes. Pessoas fortes são pessoas felizes.
Aqueles que respondem a situações dolorosas cerrando os dentes e dando o máximo de si conseguem conquistar um tesouro raro e intangível. Por outro lado, pessoas fracas, por mais favoráveis que sejam as suas circunstâncias, de alguma forma transformam tais prerrogativas em influências negativas em sua vida.
O modo de vida que escolhem define o seu futuro. A decisão não é de ninguém mais. Não há quem culpar. Cabe inteiramente a vocês.
Se permitirem que o ambiente os domine, ele se tornará o ator principal em sua vida. Vocês são os protagonistas, vocês é que determinam o curso de sua própria vida.
Fonte:Brasil Seikyo, ed. 2.323, 14 maio 2016, p. B3