Publicado em 11 Jun 2020 | Em Ler para vencer
Incentivo Juventude
Vocês sabiam que o pai do presidente Ikeda era contra a sua prática budista? Nesse diálogo (publicado em 2010), Ikeda aborda sobre o objetivo da Soka Gakkai que é o de valorizar cada indivíduo e sobre a revolução familiar. Ele também fala qual a maneira que devemos ter diante alguma pessoa que impeça a prática budista.
Nobuhisa Tanano (coordenador da DMJ da Soka Gakkai na época do diálogo): Existem membros que sofrem porque os pais são contra a prática budista ou porque a esposa não simpatiza com a Soka Gakkai. Todos estão se esforçando para que eles venham a praticar o Budismo.
Pres. Ikeda: Não há pressa. Meu pai também foi contra a minha prática quando me converti ao Budismo. Lembro-me que minha mãe teve de interceder.
Primeiro, é preciso polir o estado de Buda por meio da própria revolução humana e prezar ao máximo a família. Tranquilize os seus pais desenvolvendo-se, pois “(...) ainda mais importante que a razão e a prova documental é a prova real”. (CEND, Vol. 1, p. 626).
Se mudar o seu estado de vida, sua família também mudará. A base é mudar a si próprio. Se orar sinceramente pela felicidade da família, com certeza, será correspondido.
Lembro-me das famosas diretrizes do meu mestre, Josei Toda, direcionadas aos jovens: “Nossa luta requer que amemos todos os seres vivos. Mesmo assim, há jovens que não conseguem nem amar seus pais. Como esperar que se preocupem com pessoas totalmente estranhas?”
Revolução humana é adquirir a benevolência do Buda combatendo o coração malevolente. Desejo ardentemente que os jovens zelem pelos pais. Há muitas coisas que podem fazer mesmo sem dinheiro. Um simples telefonema, um “obrigado” ou um sorriso fazem os pais sentirem-se felizes e revigorados. (...)
A Lei Mística certamente conduzirá seus pais à iluminação. Tenham a convicção de que a pessoa que protege e propaga a Lei Mística por si só está expressando sua devoção filial ao máximo. A Lei Mística tem o poder de transformar tudo no sentido positivo.
Muitas vezes demora a pessoa mais próxima compreender o Budismo. No entanto, considere isso como polir a sua fé.
Não há necessidade de pensar que não terá harmonia familiar porque seus familiares não praticam. Mesmo não praticando, o responsável pela família trabalha arduamente para sustentá-la. Existem familiares que mesmo não praticando compreendem e apoiam a prática budista. Isso é muito gratificante. Eles agem como verdadeiros deuses protetores. Devemos agradecê-los do fundo do coração.
Fonte: Brasil Seikyo, ed. 2.061, 27 nov. 2010, p. A2