Ler para vencer

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DFJ | Matéria GH de Maio

Publicado em 01 Mai 2020 | Em Ler para vencer

Grupo Horizontal DFJ


Queridas irmãs Kayo,

Tudo bem com vocês?

Desejamos sinceramente que estejam desfrutando de muita saúde e disposição, com seus familiares, amigos e companheiros da organização, nesse momento tão crítico que todas estamos vivendo.

Maio é um mês de profundo significado dentro da história da Soka Gakkai. Mês em que comemoramos os 60 anos de posse de Ikeda Sensei como terceiro presidente.

Além disso, maio também foi o mês em que a Divisão dos Jovens da BSGI realizou a Convenção dos Jovens da Nova Era, em 2009, e selou o juramento de concretizar o kosen-rufu de cada localidade do nosso imenso país.

Dando continuidade aos nossos estudos, neste mês, vamos nos aprofundar na explanação Budismo do Sol Iluminando o Mundo: “Fé, prática e estudo: princípio fundamental do Budismo Nichiren” (parte 2, TC 613, set/2019). 

Vamos aproveitar que estamos tendo a oportunidade de realizar ainda mais daimoku e estudar o budismo para retornar ao ponto primordial da nossa prática da fé, além de renovar nosso juramento e nossa disposição de continuar desafiando com Ikeda Sensei, sem jamais perder a esperança!

Não vamos desanimar jamais!
Desejamos um maravilhoso estudo a todas!

 

Budismo do Sol Iluminando o Mundo: “Fé, prática e estudo: princípio fundamental do Budismo Nichiren” (Parte 2, TC 613, set/2019)

 

Trecho:

Aqueles que se tornarem discípulos e seguidores leigos de Nichiren deveriam compreender os profundos laços cármicos que compartilham com ele e propagar o Sutra do Lótus da mesma maneira que ele faz. Ser conhecido como devoto do Sutra do Lótus é um destino amargo, porém inevitável. (Carta para Jakunichi-bo, CEND, v. II, p. 260) 

 

Reflexão

Na explanação do presidente Ikeda sobre esse trecho consta: “Nesse escrito, Nichiren Daishonin recomenda enfaticamente aos seus discípulos que despertem para sua missão como devotos do Sutra do Lótus - ou seja, como bodisatvas da terra - e o propaguem como ele fez.

“A missão dos devotos do Sutra do Lótus nos Últimos Dias da Lei é se empenhar na prática para si e para os outros nesta era maléfica, empreendendo de todo o coração esforços para conduzir uma pessoa após outra à iluminação. 

“A prática do shakubuku nos Últimos Dias da Lei consiste no nobre e grandioso trabalho de dominar os ‘três venenos’ - avareza, ira e estupidez - e transformar o destino da humanidade. 

“Makiguchi declarou resolutamente: ‘Shakubuku é a vida da religião’.

“Só podemos experimentar a verdadeira grandiosidade do budismo pondo seus ensinamentos em prática”. (TC Set/2019, pág. 57.)

 

Depois dessa explanação do mestre, é possível refletir: Dentro do meu dia a dia, eu estou agindo como uma discípula de Nichiren Daishonin? Afinal, eu tenho ideia de qual é a minha missão neste mundo? Qual a minha postura diante de toda a realidade que estamos vivendo - influenciar ou ser influenciada?

Pois bem, embora essa carta tenha sido escrita lá no século XIII, ela nos diz muito a respeito do que estamos vivendo hoje e qual deve ser a nossa postura diante de tudo. Como Ikeda Sensei nos ensina, a prática do budismo é o caminho certeiro para a transformação do mundo, pois promove uma revolução no coração das pessoas, a ponto de eliminar os "três venenos" - avareza, ira e estupidez - e fazer evidenciar o estado de buda.

Agora analisemos a situação que estamos vivendo: diante da pandemia de Covid-19, as pessoas estão reagindo de diversas formas ao turbilhão de notícias que recebemos diariamente, e podemos enxergar uma grande parte triste, preocupada em perder o emprego, com medo de ser contaminada, receosa por perder algum familiar ou amigo com tudo isso. 

Diante dessa realidade, nosso papel como discípulas de Nichiren e praticantes do budismo é nos tornar a fonte de esperança e coragem para incentivar outras pessoas. Isso não quer dizer "viver no mundo de Alice", mas com base na firme recitação do daimoku e no estudo do budismo, compreender que somos capazes de transformar tudo o que está acontecendo a partir de nós mesmas, de nossa essência, manifestando a sabedoria e a boa sorte da condição de iluminação.

No livro Diálogo Sobre Religião Humanística, Sensei comenta: “Como mencionei anteriormente, o budismo é prática. Isso significa fazer uma determinação pessoal e atuar prontamente para concretizá-la, independentemente dos obstáculos que surgirem. Se não estamos nos esforçando para abrir o caminho que está a nossa frente, então o que estamos fazendo não pode ser chamado de prática. Só poderemos entrar no caminho do estado de buda se realizarmos incansáveis esforços com base na mesma determinação do Buda”. (DRH, vol 1, pág. 18)

Assim, quando nos empenhamos na prática e conseguimos enxergar a realidade a partir do estado de buda, compreendemos que o nosso papel é fundamental para fazer com que a nossa família e os nossos amigos também cheguem lá e sejam capazes de transformar a angústia em esperança, o desespero em sabedoria, a tristeza em coragem.

Nesse sentido, Sensei nos orienta: “Em uma época que tanto a sociedade como as religiões estão imersas no tumulto e na confusão, somente um ensinamento que possibilite a cada indivíduo manifestar sua natureza inata de buda pode conduzir todas as pessoas à felicidade e mudar o curso da época. Em outras palavras, a única maneira de concretizar a paz e a felicidade para as pessoas dos Últimos Dias da Lei é desenvolvendo nosso grandioso potencial humano. Não há nenhuma outra solução substancial para os problemas da sociedade que não envolva o desenvolvimento do nosso estado de vida”. (DRH, vol 1, pág. 15)

Sobre o trecho final do escrito: “ser conhecido como devoto do Sutra do Lótus é um destino amargo, porém inevitável”, Sensei explica: “Em outras palavras, aos olhos do mundo, ser discípulo de Daishonin e sofrer perseguições em virtude da devoção ao Sutra do Lótus representam um infortúnio, uma calamidade. Porém, ao considerarmos a profundidade dessa relação cármica da perspectiva do budismo, constatamos que não há felicidade maior do que poder trabalhar em prol do kossen-rufu como bodisatva da terra com o mesmo espírito de Daishonin”.  (TC Set/2019, pág. 59)

Num primeiro momento podemos pensar "eu não queria estar na pele de Nichiren" ou achar que praticar o budismo é estar "suave", sem dificuldades ou preocupações. Mas o budismo deixa claro que é em meio às dificuldades que somos capazes de alcançar uma condição de vida inabalável, um coração que jamais é derrotado.

A diferença não está em não enfrentar dificuldades porque somos budistas, mas sim a forma como enfrentamos as dificuldades que aparecem em nossa vida e as superamos. A postura de lutar até o fim e suportar nos ajuda a vencer, nos tornarmos mais fortes e inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo.

Certa vez, o Presidente Ikeda direcionou as seguintes palavras às integrantes do Ikeda Kayo Kai: "A esperança e a alegria não são algo que se espera receber de outra pessoa. Criem vocês mesmas esses dois sentimentos e propaguem-nos aos demais. As jovens que optam por viver dessa forma são fortes. Assim, por favor, tomem a iniciativa de demonstrar gratidão pelo árduo esforço de seus pais e incentivem os amigos que podem estar passando por vários problemas". (O Juramento Kayo, p. 39)

Dessa forma, que tal aproveitarmos o sublime mês de maio para renovarmos a nossa decisão de nos tornarmos o sol, iluminando com daimoku e estudo a nossa própria vida e a vida de todos ao nosso redor? Sejamos nós a fonte de esperança e alegria neste momento!

Vamos aproveitar para escrever para o Sensei neste mês tão significativo contando nossa vitória? 

 

Um carinhoso abraço,

Equipe Fortaleza do Núcleo de Estudos Sabedoria Kayo

 

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Diário da Juventude

 

1960 - Terça-feira, 3 de maio. Céu claro.

Hoje assumi formalmente  como terceiro presidente da Soka Gakkai.

A convenção na qual se oficializou a posse foi realizada no auditório da Universidade Nihon, ao meio-dia.

Sentia-me um pouco extenuado da noite anterior.

Vislumbrei meu mestre radiante de alegria. Sério, solene.

Devo iniciar a batalha de toda a minha existência pela propagação da Lei, transcendendo a vida e a morte.

Meus amigos, meus queridos companheiros da Gakkai, alegraram-se por mim de coração.

Devo liderar o kosen-rufu como corresponde a um general, a um ser humano e a um jovem.

 

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Sugestão de dinâmica: 

 

Dinâmica: Você se conhece?

Material: Papel e caneta.

Essa dinâmica consiste em uma reflexão sobre cada uma de nós. Vamos aproveitar este momento de isolamento social para criar um “Forte Eu”, que não é abalado por nada!

Para isso, trace uma linha no meio da folha. Em uma coluna, anote suas 10 melhores características e na outra, 10 características que precisam ser aperfeiçoadas. Lembre-se: seja justa consigo mesma!

Assim que terminar, reflita sobre as dificuldades que teve, se precisou de mais tempo para identificar os pontos negativos ou os positivos, etc. Depois, pense em como seria fazer essa atividade pensando em outra pessoa. 

Independentemente dos pontos a serem lapidados, o importante é o coração e acreditar que podemos transformar qualquer aspecto em nossa vida por meio da prática da fé, além de ajudar os outros a fazerem o mesmo ao realizar o shakubuku. Este momento de isolamento social é uma grande oportunidade para refletirmos sobre nós e, principalmente, no impacto que podemos causar na vida de outras pessoas. 

“Na vida há muitos fatos preocupantes, dolorosos, desagradáveis e inquietantes. Ao se deparar com situações desse tipo, há duas opções. Pode-se reclamar, culpar o ambiente e ser derrotado. (...) A segunda opção é viver com um espírito invencível, abrindo o próprio caminho, independentemente da sua situação. Cabe a você escolher”.  

(Livro Sabedoria, da série Sabedoria para criar a felicidade e a paz. p.152)

 

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Dica de Filme: 

Karate Kid (Versão 2010)

Dre (Jaden Smith) vai com sua mãe para a China contra sua vontade para que ela possa trabalhar. Ele não conhece a língua nem a cultura local e tem dificuldades de se relacionar com as crianças de lá, sente saudades de seu país natal e deseja constantemente retornar. O jovem começa a  sofrer ataques e agressões verbais e psicológicas que não demoram a chegar à agressão física. Ele, então, conhece Mr. Han (Jackie Chan), que se oferece para lhe ensinar mandarim e artes marciais. Ele enfrenta dificuldades no início, no entanto, observa-se que, com dedicação, disciplina e coragem ele vai vencendo muitos obstáculos.

O filme também nos faz refletir sobre a importância de termos um mestre que, com carinho, nos direcione às melhores decisões, pois, nem sempre imersas ao sofrimento tomamos as melhores escolhas.

 

Referências:

Revista Terceira Civilização -  Setembro de 2019.

Livro “Diálogo Sobre Religião Humanística” - volume 1.

Livro "O Juramento Kayo"

https://www.cineclick.com.br/karate-kid-2010